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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Clichês de Creepypastas que vocês estão cansados de ouvir

10. VIDEOGAMES

Existem várias Creepypastas boas, sobre videogames, mas também há aquelas que são sempre a mesma coisa, como cartucho amaldiçoado, HACKERS, etc.

9. EPISÓDIOS PERDIDOS

Em relação aos episódios perdidos, eles são sempre a mesma coisa: um episódio que foi transmitido "sem querer".

8.BONECOS ASSASINOS

Típico, podre e clichê.

7. PERSONAGENS QUE TEM PODERES SOBRENATURAIS

Creepypastas com demônios, espíritos, etc, óbvio que tem a tendência de terem poderes sobrenaturais, mas seres humanos com poderes sobrenaturais é absolutamente muito, mais muito clichê.

6. FRASES TÍPICAS

Frases como: "OLHE PARA TRÁS", "VÁ DORMIR", "ESTOU DO SEU LADO", "SORRIA", "VOCÊ É O PRÓXIMO", "NÃO OLHE PARA TRÁS" já estão ficando muito sem graça, principalmente "OLHE PARA TRÁS", porque é óbvio, que terá uma parede gigante atrás do leitor.

5.REFERÊNCIAS EM OUTRAS CREEEPYPASTAS:

Referências ? Como assim ? É como colocar outra Creepypasta na sua história, desnecessário.

4.NÚMEROS

Alguns números como: 666, 6, ou 13.

3.EXCESSO DE VIOLÊNCIA

Pra que por tanta violência ? Como: arrancar os olhos e comer, tirar a língua, cozinhar e comer, matar o cachorro da família, estrupar, matar e comer, etc.

2.PAIS

Algo como, "eu sempre fui maltratado pelos meus pais", "meus pais sempre me torturavam", "meu tio me estrupava", etc... OU, "matei minha família, porque...", PAREM COM ISSO.

1.FORMÚLA "THE KILLER"

Sem palavras.

BÔNUS:

Creepypastas que tem isso aí: "ISSO NÃO É MENTIRA, ISSO REALMENTE ACONTECEU!!!!!"

+1 BÔNUS:

________.exe OU ________.avi

Os monstros folclóricos menos populares no mundo

1. Bal-bal, Filipinas


O Bal-bal é um monstro filipino que se alimenta à base de mortos. Na calada da noite, ele sorrateiramente adentra as catacumbas e até mesmo os funerais para roubar e devorar os corpos. Esse monstro não é só nojento, como também é muito traiçoeiro, pois, após comer o defunto, coloca um tronco de bananeira no caixão para parecer que o defunto ainda está intacto.
Como possui um olfato melhor do que o dos cães, ele consegue sentir o cheiro de um morto a distância. Além disso, seu hálito é podre. Visualmente, o monstro parece com um pássaro noturno, que possui um canto muito distinto e que pode ser ouvido muito bem na calada da noite.
A tribo Tigbabau, das Filipinas, acredita que o Bal-bal pode assumir a forma humana, com língua de réptil e unhas monstruosas. Eles voam e pousam na casa das pessoas em que alguém morreu, retirando pedaços do teto com as garras e usando suas línguas para “lamber” ou roubar os cadáveres.


O Bal-bal também é associado com outras criaturas folclóricas, tais como o Assuang, Amalanhig e também os Busaw, pois todos eles se alimentam de cadáveres. Algumas pessoas dizem que o monstro possui o poder de hipnotizar os parentes e amigos que estão em um funeral, pois só assim podem desfrutar de uma bela refeição
Antigamente, o povo filipino costumava cantar e gritar em enterros para afastar os Bal-bals e evitar que eles roubassem seus amados.


2. Verme da Mongólia Assassino, deserto de Gobi


Entre todos os lugares inóspitos e remotos da face da Terra, o deserto de Gobi talvez seja um dos mais secretos e perigosos. Nele, a temperatura varia entre o frio da Antártica e o calor do nordeste brasileiro, os ventos sopram o solo a 145 k/h e vermes gigantes cuspidores de ácido espreitam viajantes desavisados – ou quase isso.
De acordo com os criptozoologistas, o deserto é o lar do Verme da Mongólia Assassino. Uma criatura que mede mais de 150 cm e que pode cuspir ácido corrosivo e disparar descargas elétricas. Dizem que o seu veneno é capaz de derreter o mais poderoso dos metais e só de tocar em sua pele é o suficiente para matar.
Em 1922, o primeiro ministro da Mongólia disse que viu um e o descreveu como uma “salsicha com cerca de 60 cm” – aposto que nessa hora ninguém riu.


3. O Mãos-peludas, Inglaterra


O Mãos-peludas é um mostro que ataca apenas uma estrada curta em Dartmoor, na Inglaterra. Como o próprio nome sugere, ele é um par de mãos sem corpo que mata enforcados motoristas e pensionistas. Nas histórias mais tradicionais, o bicho agarra o volante dos carros e os forçam para fora das estradas, porém as mais assustadoras dizem que ele aparece à noite e bate na janela dos carros que estiverem no acostamento.
Diferente dos outros fantasmas, o Mãos-peludas não possui nenhum motivo para tentar matar suas vítimas – ele apenas quer que você e seus parentes morram.


4. Bahamut, Arábia pré-islâmica


Se você pensou no dragão gigante de Final Fantasy... Errou feio. Na verdade, essa criatura assume a forma de um peixe, mas não de qualquer um. O antigo historiador Ibn al-Wardi afirma que ele se situa na base de uma gigantesca pirâmide de bois, anjos, montanha e rubis – sobre tudo isso fica a Terra.
O superpeixe é tão grande que despejar todo o oceano em uma de suas narinas seria como derrubar uma semente de mostarda no deserto. Basicamente, o animal é um protótipo de tudo o que H.P. Lovecraft mais temia – um monstrengo cego e indiferente que nos leva em um passeio eterno na escuridão de outros bilhões de universos sem sentido.


5. Lich


Os Lichs são criaturas mitológicas muito raras, que nada mais são do que “corpos” desencarnados. O que os diferencia de um fantasma é que eles são entidades físicas. A criatura ganhou notoriedade quando o jogo Dungeons & Dragons a utilizou como um personagem morto-vivo.
Um Lich é o corpo de um feiticeiro morto que, por meio de um ritual macabro, adquiriu a imortalidade. Mais especificamente, o mago pode salvar sua alma dentro de um objeto conhecido como “filacteria” – é só lembrar das horcruxes de Harry Potter para entender.


Algumas pessoas confundem os Lichs com zumbis. Porém, diferentemente dos mortos-vivos, eles não se alimentam de humanos e possuem todas as funções cerebrais intactas. Em geral, eles são representados como caveiras e costumam controlar outras criaturas fantásticas, como soldados ou servos.



6. Barghest, Inglaterra


Essa espécie de cão demoníaco aparece à noite somente para aqueles que devem morrer em breve – Sirius Black, de Harry Potter, poderia ser um desses bichos. A antiga lenda britânica defende que o monstro é mais um presságio de morte do que o causador dela. Entretanto, alguns dizem que eles ficam à espreita nos becos escuros esperando aqueles que vagueiam sozinhos.


7. A Fauna do Espelho, China Antiga


Como é dito em “O Livro dos Seres Imaginários”, do escritor argentino Jorge Luis Borges, a história da Fauna do Espelho é menos assustadora do que incrível. A lenda chinesa diz que o objeto costumava ser um portal para universos alternativos.
Por alguma razão desconhecida, o povo do espelho decidiu atacar nossa realidade, levando os mundos a uma terrível batalha. Após um período de guerra longo e sanguinolento, o Imperador Amarelo (Huang Di) conseguiu expulsar os invasores de volta para o espelho, selando o portal e os punindo a repetirem seus feitos por toda a eternidade.
Nas palavras de Borges: “Um dia, entretanto, eles (o povo do espelho) escaparão da letargia mágica. O primeiro a despertar deve ser o Peixe. Nas profundezas do espelho, nós perceberemos uma linha muito tênue de uma cor que não lembra nenhuma das outras. Depois, vão despertando as outras formas. Romperão as barreiras de vidro ou de metal e desta vez não serão vencidas. Junto às criaturas dos espelhos combaterão as da água".


8. Gjenganger, Escandinávia


Essa é uma criatura única e completamente corpórea. Assim como um zumbi, esses seres se levantam das tumbas, porém com um propósito: concluir assuntos inacabados. Em geral, elas são identificadas como vítimas de suicídio, assassinato ou o próprio assassino. Os Gjengangers caçam seus entes queridos em vida para que possam ter alguma companhia na morte e cumprir suas missões na Terra.
Originalmente, essa é uma lenda viking. Diferente da maioria dos fantasmas, esses não só assustam como também espalham pragas e doenças. Seu poder especial é conhecido como “dødningeknip”, o que significa “beliscão dos mortos”. Pode parecer engraçado, mas o resultado faz com que a pele da vítima se torne roxa e infectada, espalhando o hematoma rapidamente por todo o corpo. Geralmente, eles atacam à noite.
O medo dos Gjenganger já foi tão real que as pessoas tomavam medidas preventivas para que eles não aparecessem. Os caixões eram levados por cima dos muros das igrejas, em vez de usarem os portões. Depois, eles eram carregados três vezes ao redor do lugar sagrado. Quaisquer pás que tenham sido usadas para cavar o túmulo deveriam ser deixadas intocadas sobre a cova, formando o sinal da cruz.
Além disso, uma pilha de galhos e pedras era deixada no local em que a pessoa morreu. As pessoas também costumavam desenhar símbolos sagrados, fazer orações e marcarem os caixões por dentro, tudo isso para evitar que o cadáver se transformasse em um Gjenganger.


9. Bakhtak, Irã


Bakhtak é a palavra persa para “pesadelo”. Se você já sofreu com sonhos terríveis e acordou com um peso muito grande no peito – sem poder se mover ou respirar –, então já foi vítima de um mostrengo desses. Eles se sentam no peito das pessoas enquanto elas dormem, visando assim sufocá-las até a morte. Essas criaturas são descritas como goblins.
Quando a ciência não estava lá para explicar os horrores da noite, as vítimas que sofriam com pesadelos acreditavam terem ouvidos passos leves no quarto, sentirem um cheiro repugnante e, ao semicerrarem os olhos, terem visto um pequeno anão em cima do peito. A criatura é semelhante à Old Hag do folclore britânico e à Mara da Escandinávia – ambas as bruxas eram conhecidas por causarem paralisia do sono.


10. Abura-Akago, Japão


Abura-Akago – que literalmente significa “Óleo de Bebê” – é um espirito infantil que sobrevoa as lâmpadas em busca de óleo. A lenda diz que ele era um vendedor desse produto que roubou o líquido de uma “lâmpada Andon” (típica luminária japonesa) localizada na estátua sagrada de Ksitigarbha. Após sua morte, os deuses decidiram puni-lo e torná-lo um fantasma de fogo. Mais tarde, esse espírito se transformou em uma criança que se alimenta de óleo.
Acredita-se que esses espíritos traquinas assumem a forma de bebês, lambem o óleo das lâmpadas andon e fogem. Portanto, as criaturas vagam pelo Japão em busca de locais que utilizam lamparinas em vez de eletricidade.


11. La Llorona (Bela da meia-noite), México


Essa é uma figura conhecida no folclore mundial. Representada como o espírito de uma mulher que matou o próprio filho, tanto o México quanto o Brasil, a Inglaterra, os Estados Unidos e a Venezuela possuem alguma versão da lenda.
A história mexicana diz que uma moça chamada Maria viveu em uma antiga vila no século 18. Famosa por sua beleza estonteante, a garota desejava se casar com um homem rico. Seus sonhos se tornaram realidade quando um fazendeiro abastado chegou ao vilarejo montado em um cavalo. No princípio, ele não deu muita atenção, portanto a mulher também se fez de difícil.
Ele caiu no truque. “Aquela garota insolente! Maria... Maria!” ele pensou. “Sei que posso ganhar seu coração. Juro que casarei com ela”. Logo, tudo saiu como planejado por ela. Entretanto, a família do rapaz não gostou nada disso. Ainda assim, seu marido a presenteou com muitos luxos e mimos. Quando ela deu à luz a duas crianças, seu casamento desandou de vez.


O homem se tornou um bruto que não se importava com ela e a abandonou para procurar outra mulher de sua própria classe. Um dia Maria pegou o marido com uma bela mulher. Revoltada, ela descontou a frustração nas crianças as afogando no Rio Grande. Ela contou o que fez para o esposo, que a abandonou. Desesperada, ela correu pelas ruas e começou a chamar por seus filhos – daí o nome “Chorona”.
Pouco tempo depois, Maria cometeu suicídio e começou a assombrar o rio e gritar: “Oh, meus filhos!”. Em geral, ela é considerada um espírito inofensivo, mas algumas histórias dizem que a moça também costuma sequestrar crianças à noite para substituir as suas.


12. Futakuchi-Onna, Japão


Futakuchi-Onna significa “mulher de duas bocas”. Dizem que ela é uma moça que, na parte de trás da cabeça, possui uma boca gigantesca com uma língua afiada e que engole tudo que encontra. O longo cabelo da criatura funciona como tentáculos que apanham os alimentos e escondem a deformação. Caso ela não seja alimentada, começa a murmurar e ameaçar a garota ou também pode arranhá-la e torturá-la com a ponta da língua.
Basicamente, a segunda boca é o resultado de um feitiço. Há três versões para a história. Em uma delas, a mulher deixou o próprio filho adotivo passar fome até morrer. Portanto, o espírito da criança amaldiçoou a madrasta com a segunda boca. Na lenda mais conhecida, ela era a esposa de um homem avarento que percebeu que ela comia muito pouco.
Apesar de egoísta, ele ficou espantado pela falta de apetite da mulher, até que o estoque de arroz começou a sumir. Um dia, ele decidiu fingir ir para o trabalho e ficou escondido para observar a esposa. Para seu horror, ele viu o cabelo da mulher se dividir na nuca revelando uma boca monstruosa.
Outra mais aterradora diz que o marido estava cortando lenha quando, sem querer, acertou o machado na cabeça da esposa. Pouco tempo depois, o ferimento se tornou a boca faminta. Curiosamente, há um significado emblemático na aparência da segunda cavidade bucal. Dizem que ela é um meio de ventilar os desejos reprimidos nas mulheres.

13. Fetch, Irlanda


Esse é um espirito doppelganger que toma a aparência de alguém que está prestes a morrer. Ele pode assumir as características de uma pessoa amada e se passar por ela sem que você perceba. Alguns dizem que eles nascem junto com nós e permanece conosco sempre à espreita para assumir o lugar.
Aparentemente, o fetch não é um fantasma, pois ele imita a pessoa ainda viva. Ele só pode ser visto por quem está imitando ou também por todos os outros menos o humano que ele está copiando. Sua aparição é considerada um presságio ruim de uma morte iminente. Entretanto, se a “réplica” for vista durante a manhã mais do que de noite, isso pode ser um sinal de uma vida longa.
Como é a aparência dessa criatura? Idêntica à sua. Afinal, ela deve ser uma mera sombra que lembra sua estatura, características físicas, vestimentas e que, misteriosamente, pode ser vista por seus amigos mais próximos. Geralmente, as pessoas que eles imitam costumam estar com uma doença séria e não podem sair da cama.
No século 18 e 19, os autores costumavam usar os fetchs como um meio de mostrar os erros para o personagem principal. Além disso, se já teve a estranha sensação de ver alguém idêntico a você na rua, provavelmente deve ter sido a criatura.

O Senhor Boca Larga

Aqui vai uma das melhores creepypastas da atualidade, espero que gostem. Por favor não esqueçam de compartilhar :).



   Durante minha infância, minha família era como uma gota d'água em um grande rio, nunca ficava no mesmo lugar por muito tempo. Nós nos estabelecemos em Rhode Island quando eu tinha 8 anos, e lá ficamos até eu entrar para uma faculdade em Colorado Springs. A maioria das minhas memorias estão enraizadas em Rhode Island, mas existem fragmentos no fundo do meu cérebro que pertencem a varias casas em que vivemos quando eu era muito mais novo.
         
     A maioria destas memórias são sem sentido e não estão claras- perseguindo outro garoto no quintal de uma casa na Carolina do Norte, tentando construir uma jangada para flutuar no lago atrás do apartamento que alugamos na Pensilvânia, e por aí vai. Mas tem esse conjunto de memórias que eu me lembro claro como água, como se tivesse acontecido ontem. Eu constantemente fico divagando se essas memórias não foram apenas sonhos lúcidos produzidos por uma longa gripe que tive naquela primavera, mas no fundo do meu peito, sei que são reais.
   
     Nós estávamos vivendo em uma casa nos arredores da metrópole de New Vyneard, Maine, população 643. Era uma estrutura larga, principalmente para uma família de 3 pesssoas. Havia alguns quartos nos quais eu nem sequer tinha entrado ainda nos 5 meses em que morávamos lá. De certa forma era desperdício de espaço, mas era a única casa disponível no mercado naquela época, pelo menos era a uma hora de distância do trabalho de meu pai.

     No dia depois do meu quinto aniversário (com presença apenas dos meus pais), fiquei com febre. O médico disse que eu tinha Mononucleose, o que significava nada de brincadeiras pesadas e mais febre por pelo menos mais três semanas. Foi horrível ficar de cama- estávamos no processo de empacotamento das nossas coisas para nos mudarmos para a Pensilvânia, e a maioria das minhas coisas já estavam empacotadas em caixas, deixando meu quarto vazio e desconfortável. Minha mãe me trazia ginger ale (refrigerante local) e livros várias vezes por dia, e essas coisas tiveram a função de ser minha forma de entretenimento pelas semanas seguintes. O tédio vinha sempre me atormentar, esperando os momentos certos para me atingir e piorar mais ainda minha miséria.

    Eu não me lembro exatamente como conheci o Sr Bocalarga, eu acho que foi tipo uma semana depois de eu ter sido diagnosticado com mononucleose. Minha primeira memória da pequena criatura foi perguntar se ele tinha um nome, ele me disse para chamá-lo de Sr Bocalarga, pois sua boca era larga. De fato, tudo nele era largo em comparação ao corpo dele- a cabeça, olhos, orelhas pontudas- Mas sua boca era de longe a mais larga.

   " Você parece um furby." eu disse enqunato olhava um dos meus livros.
   " O que é um furby?" perguntou ele.
   Eu encolhi os ombros. "Você sabe... o brinquedo. O pequeno roô com grandes orelhas. Você pode criá-lo  e dar comida, como se fosse um bichinho de verdade."
   "Ah." Resmungou ele. " Você não precisa de um desses, não é a mesma coisa que ter amigos de verdade."

   Eu lembro do Sr Bocalarga desaparecendo toda vez que minha mãe vinha dar uma olhada em mim."Eu me escondi embaixo da sua cama."Explicou  ele. "Eu não quero que seus pais me vejam porque tenho medo de que não nos deixem brincar juntos de novo."

   Não fizemos muitas coisas nestes primeiros dias. O Sr Bocalarga apenas olhava meus livros, fascinados pelas histórias e leituras que eles continham. Na terceira ou quarta manhã depois de eu conhecê-lo, ele me saudou com um largo sorriso no rosto. "Eu tenho um jogo que nós podemos jogar." Disse ele. "Mas seus pais não podem nos ver jogar. É um jogo secreto."

  Depois que minha mãe me entregou mais livros e  refrigerante, Sr Bocalarga saiu de baixo da minha cama e puxou minha mão. " Nós temos de ir pro quarto no fim do corredor." Ele disse. Eu protestei de início, pois meus pais haviam me proibido de sair da cama sem a permissão deles, mas Sr Bocalarga persistiu até eu ceder.

  O quarto em questão não tinha móveis ou papel de parede. Seu único traço característico era a janela em frente à porta. Sr Bocalarga disparou pelo quarto e abriu a janela com um puxão firme. Então me chamou para olhar o chão lá embaixo.
 
   Nós estávamos no segundo andar da casa, mas era sobre uma colina, e por esse ângulo a queda era mis longa do que o esperado pela inclinação. "Eu gosto de brincar de fingir aqui em cima,'' o Sr Bocalarga explicou. "Eu finjo que tem um grande e fofo trampolim embaixo da janela. Se você finjir bem forte você quica de volta pra cima bem alto. Eu quero que você tente."
 
   Eu era um menino de 5 anos de idade e febril, então apenas um pouquinho de ceticismo passou pela minha mente enquanto eu olhava para baixo e considerava as possibilidades. "É uma queda muito alta," comentei.

  " Mas é tudo parte da diversão," ele disse. "Não seria divertido se fosse uma queda curtinha, se fosse assim você poderia muito bem pular de um trampolim comum."

  Eu brincava com a ideia na minha cabeça, imaginando-me cair através do vento frio para então quicar em algo invisível a olhos nus de volta no ar e voltar para a janela. Mas o realismo prevaleceu em mim. "Talvez outra hora," eu disse, "acho que não tenho tanta imaginação assim. Eu posso me machucar".

  O rosto dele se contorceu em um rugido, mas apenas por uns segundos. A raiva deu lugar ao desapontamento. " Se você diz..." ele disse. Passou o resto do dia debaixo da minha cama, calado feito um ratinho.

   Na manhã seguinte o Sr Bocalarga chegou segurando uma pequena caixa. "Eu quero te ensinar malabarismo," ele disse, "aqui estão algumas coisas que você pode usar para praticar antes que eu comece a te dar lições.''

   Eu olhei a caixa, estava cheia de facas. 'Meus pais vão me matar!" eu gritei, horrorizado. ''Eles vão me bater e me deixar de castigo por um ano!"

   Ele franziu a testa. "É divertido fazer malabarismo com isso, eu quero tentar." Disse ele.

  Eu empurrei a caixa para longe. " não posso, vou me meter em encrenca."

  O franzir de testa do sr Bocalarga se tornou uma carranca. Ele pegou a caixa de facas e foi para debaixo da cama. Eu comecei a pensar na frequência com que ele ficava abaixo de mim.

  Eu comecei a ter problemas para dormir com isso. O Sr Bocalarga me acordava no meio da noite, dizendo que ele havia colocado um trampolim de verdade abaixo da janela, que eu não poderia ver porque estava escuro. Eu não cedia, mas ele ficava me persuadindo.

  Ele não era mais tão legal pra brincar.

  Minha mãe entrou no quarto uma manhã e disse que eu tinha permissão para dar uma volta lá fora. Ela pensou que um pouco de ar fresco seria bom para mim, especialmente depois de ficar confinado no meu quarto por tanto tempo. Entusiasmado, coloquei meus tênis e disparei para a porta dos fundos, gritando de alegria por sentir de novo o sol em meu rosto.

 O Sr Bocalarga estava esperando por mim. ''tem uma coisa que quero que você veja." Disse ele. Devo tê-lo olhado estranho, porque ele disse: "é seguro, prometo."

 Eu o segui até o começo de uma trilha estreita que adentrava a floresta atrás da casa. "Esse é um caminho importante." Ele explicou."Eu tenho muitos amigos da sua idade. Quando eles estão prontos, eu os levo pra dentro dessa trilha , para um lugar especial. Você não está pronto ainda, mas um dia espero que esteja."

 Eu voltei pra casa, me perguntando que tipo de lugar podia haver dentro da trilha.

 Duas semanas depois de conhecer o Sr Bocalarga, a última demanda das nossas coisas estavam sendo colocadas em um caminhão de mudança. Eu estaria dentro da cabine daquele caminhão, sentado perto de meu pai pela longa viajem. Eu considerei contar ao Sr Bocalarga que estava partindo, mas, mesmo aos cinco anos de idade, eu suspeitava que a criatura tinha intenções não muito boas, considerando as coisas que me disse anteriormente, então mantive a partida em segredo.

 Meu pai e eu estávamos no caminhão ás 4 da manhã. Ele esperava chegar na Pensilvânia pela hora do almoço do dia seguinte, com a ajuda de uma carga infinita de café e um pacote de energéticos. Parecia mais que ele ia correr uma maratona do que iria passar o dia todo num carro.

 É cedo o suficiente para você?" perguntou ele.

   Eu acenei e encostei minha cabeça contra o vidro, esperando dormir algumas horas antes do sol nascer. Senti a mão de meu pai em meu ombro. "Essa é a última mudança filho, prometo. Sei que tem sido difícil pra você, por ter ficado tão doente...assim que papai for promovido poderemos sossegar e você pode fazer amigos."

 Abri meus olhos assim que o veículo começou a se mover. Vi a silhueta do Sr Bocalarga na janela do meu quarto. Ele permaneceu em pé sem demonstrar emoção nenhuma no rosto até o caminhão entrar na estrada principal. Então ele acenou com a mãozinha pequena, com uma faca na mão. Não acenei de volta.

  Anos depois, eu retornei para New Vineyard, o pedaço de terra onde antes ficava minha casa agora estava vazio, exceto pelas fundações, pois a casa queimou alguns anos depois de termos nos mudado. Por curiosidade, segui a trilha estreita que Sr Bocalarga havia me mostrado. Parte de mim esperava que ele pulasse de trás de um árvore, me dando um baita susto, mas eu sentia que ele tinha ido embora, de alguma forma amarrado à casa que não existia mais.

  A trilha terminava no cemitério memorial de New Vineyard.
  Eu notei que a maioria dos túmulos pertencia à crianças

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O Capelobo

Estou abrindo um novo projeto para melhorar o site e deixar mais interessante. A partir de lendas do folclore brasileiro espero que gostem :).


Capelobo é um personagem do folclore brasileiro, que possui aparência de monstro. A lenda do Capelobo é muito comum na região Norte do Brasil, principalmente nos estados do Maranhão, Amazonas e Pará. Acredita-se que tenha surgido entre os povos indígenas da região.

De acordo com a lenda, seu corpo é uma mistura de ser humano com animais. Desta forma, possui cabeça e focinho de tamanduá-bandeira (ou de cachorro ou de anta, dependendo da versão), corpo humano forte, patas redondas (formato de fundo de garrafa) com muitos pelos no corpo. É muito rápido e vive correndo pelas matas próximas aos rios e em regiões de várzeas.
 
De acordo com a lenda, o Capelobo tem uma vida ativa durante a noite e madrugada, quando fica perambulando e rodeando barracões, casas e acampamentos no meio da mata. Emitindo sons assustadores (gritos altos), este monstro se alimenta de cães e gatos, principalmente os que acabaram de nascer. Ataca também os caçadores, matando-os e bebendo o sangue das vítimas.
 
Para matar essa criatura monstruosa, de acordo com a lenda, só existe uma forma: um tiro certeiro em seu umbigo.

 Acredita-se que o nome deste personagem folclórico seja de origem indígena, sendo uma mistura de capê (osso quebrado) e lobo.



E ai Gostou do folclore ? 

O Corpo Seco

Estou abrindo um novo projeto para melhorar o site e deixar mais interessante. A partir de lendas do folclore brasileiro espero que gostem :).




De acordo com a lenda, o corpo-seco foi um homem muito mal que vivia prejudicando as pessoas. Era tão ruim que maltratava e batia na própria mãe.

Após sua morte, de acordo com a lenda, ele foi rejeitado por Deus e até pelo diabo. Até mesmo a terra, onde havia sido enterrado, o expulsou.

Com o corpo em estado de decomposição teve que sair de seu túmulo. Começou a viver como alma penada, grudando nos troncos das árvores, que secavam quase que imediatamente.

Ele então passou a viver assombrando as pessoas nas estradas. De acordo com a lenda, quando uma pessoa passa na estrada o corpo-seco gruda em seu corpo e começa a sugar o sangue. A vítima da assombração pode morrer caso ninguém passe na estrada para salvá-la.

Em Ituiutaba, Minas Gerais, há uma variação desta lenda, onde conta-se que o Corpo-Seco , depois de ser repelido pela terra várias vezes, é levado por bombeiros à uma aparente caverna em uma serra que fica ao sul do município. Dizem que quem passa à noite pela estrada de terra que margeia a "serra do Corpo-Seco ", consegue ouvir os gritos do Corpo-Seco ecoando de dentro da caverna. Nesta versão a mãe o amaldiçoa antes de morrer, por ter sido usada como cavalo pelo filho.

E você acredita e gosta do folclore brasileiro ?

O Cabeça de Cuia.

Estou abrindo um novo projeto para melhorar o site e deixar mais interessante. A partir de lendas do folclore brasileiro espero que gostem :).



Lenda da região nordeste, mais forte nos estados do Piauí e Maranhão, o terrível cabeça de cuia é um ser que vive nas águas barrentas do rio Mearim. Algumas pessoas que moram na beira do rio relatam vários episódios. Dizem que o tal cabeça de cuia era um homem forte, mas maltratava muito sua mãe, a ponto de sempre espancá-la.

Um dia ele chegou muito zangado e começou a bater nela, só que ela amaldiçoou ele a viver sempre nas águas barrentas do rio. No mesmo dia ele foi com uma cuia na cabeça tomar banho no rio. Contam que ele deu um grande grito, caiu nas águas e nunca mais foi visto. A maldição permite ele viver 6 meses fora d´água. Dizem que fora ele é homem forte e careca.

Para a maldição ser quebrada, ele tem que comer 10 virgens de cabelos negros. Várias pessoas já morreram no rio Mearim na cidade de Pedreiras, e os corpos misteriosamente nunca apareceram, nem com simpatia nem com mergulhadores.

Enquanto ele não encontra as dez virgens, ataca qualquer banhista que estiver a toa.

Um fato misterioso que os ribeirinhos contam é de uma vez um sr.que levou seu cavalo para o Porto da Madeira, um local de banho deste rio. Próximo a pedra que existe no meio, o moço estava na canoa e o cavalo na água, de repente o cavalo foi puxado com tanta força que o sr. teve que soltar as rédeas, ele sumiu dentro do rio e só ficou sangue e fezes, nenhum osso sequer.

Outro caso foi da minha tia avó, que um dia, depois de lavar roupa na margem do rio, foi tomar banho. Estava tudo calmo até que ela viu aquele remanso se aproximado cada vez mais. Ela como não é boba, saiu da água gritando e não botou os pés mais no rio naquele dia.

Até hoje dizem os ribeirinho que o terrível cabeça de cuia está condenado nas águas barrentas do rio Mearim.



E vocês acreditam nessa lenda ?  e gostaram do folclore brasileiro ?.