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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Polybius

Polybius é um jogo que apareceu nos fliperamas por volta de 1981, disponível apenas em arcade. O jogo foi revolucionário para a época, sendo muito colorido e colocando o jogador na mão contrária dos jogos convencionais da época. Em vez de você ser uma nave que atirava nas pedras que vinham da tela, você jogava as pedras na nave! Mais ou menos isso. O fato do Polybius ser muito colorido e ficar piscando muito, fez com que muitas pessoas tivessem ataques de epilepsia. E um garoto morreu por ataque epilético.

Ai começa a história, o Polybius foi recolhido, fez sucesso no pouco tempo que ficou, mas não teve nem tempo de sair dos EUA...

O jogo foi criado pela empresa Sinneslöschen (Em alemão que dizer algo como “inibidor de sensorial”), que pela história só criou esse jogo mesmo...

A década de 80 é marcada por lendas urbanas e esse jogo ao sumir do mapa ganhou várias histórias...

Os fatos são contados pelos que jogaram o Polybius e pelos donos das lojas que tiveram a máquina.

Segundo os donos frequentemente apareciam pessoas vestidas de preto que vinham verificar dados das máquinas.

Dizem que o jogo podia causar vários efeitos como insônia, pesadelos, distúrbios. E pela tela ao lado os Download.jpg
Holder of SwagAdicionada por Holder of Swag
problemas eram opcionais de acordo com o que os homens de preto queriam.
Jogadores afirmam que o Polybius viciava muito, a ponto da pessoa não querer jogar nenhum outro jogo. Isso além do enjoo, vômito e até vontade de se suicidar. Falam também que o jogo psicodélico piscava muito e mostrava várias mensagens subliminares entre as "piscadas". A Teoria conspiratória diz que a máquina foi feita pelo governo americano na época da guerra fria para controlar as pessoas, com hipnose, controle da mente entre outros métodos... Infelizmente ele não chegou por aqui, então até o jogo mesmo não passa de lenda... Alguns curiosos recriaram o jogo de acordo com os relatos de quem jogou veja como ele funcionava.


sábado, 25 de janeiro de 2014

Legend of Zelda: Majora's Mask

Conta a história de um rapaz chamado Matt, ou Jadusable, como é conhecido na internet. Ele recentemente postou em algum lugar (Não sei dizer com certeza onde, pois o site em que achei a história trazia-a já toda reunída) que coisas estranhas vinham acontecendo desde que ele comprara um cartucho do jogo The Legend of Zelda: Majora's Mask de um velhinho esquisito.

A história, em resumo, é mais ou menos essa:

Matt mudou-se para um novo dormitório na universidade, onde começava seu segundo ano. Um amigo lhe dera um Nintendo 64 velho, que tinha nada além de um controle amarelo e uma fita velhíssima e acabada de um Super Smash Bros.
Enjoado de jogar o mesmo jogo, Matt decidiu ir à uma venda de garagem próxima afim de conseguir mais jogos e controles para o videogame. Lá ele conseguiu o que queria, e, quando estava saíndo, uma casa chamou sua atenção (N/A: Lembrando que, nos Estados Unidos, a vizinhança às vezes combina de fazer uma venda de garagem "conjunta", todas as casas pega, o que não precisam mais e põem à venda).
Tinha apenas uma mesa, que vendia pinturas estranhas, como aquelas de psicanalista. O dono daquela venda era um senhor muito velho, com dentes estragados. Tentado a ver se conseguia mais jogos, Matt perguntou ao velho se ele tinha alguma fita de videogame. Sem saber exatamente o que seria um videogame, o velho saiu dizendo que voltaria em um instante.
Enquanto esperava o senhor voltar, Matt voltou a estudar as pinturas. Eram estranhas, e pareciam entrar em sua mente. Ele achou curioso que um dos desenhos lembrava demais a máscara de Majora, presente no jogo Majora's Mask. E, naquele momento, desejou que o velho conseguisse aquele jogo em especial.
Qual não foi sua surpresa ao ver que o velho voltava com uma fita de N64 nas mãos, cinza, sem nenhuma indentificação de qual jogo seria além da palavra "Majora" escrita com caneta permanente. Disse que podia ficar com o jogo de graça, e que pertencera a um garoto que não vivia mais ali na vizinhança mais.



Matt então agradeceu ao velho e saiu. Enquanto ia para o carro, ouviu o senhor dizer "Goodbye, then" (Até mais, então). Ou pelo menos foi o que ele pensar ouvir.
Mas percebeu que estava enganado quando, ao colocar o jogo no videogame, ele notou que já tinha um save file chamado BEN. "Goodbye Ben" era o que o velho queria dizer.

Ele decidiu manter o arquivo, como em homenagem ao garoto (Que ele provavelmente acredita que morreu), e começou a jogar.
O jogo ia bem, tirando o fato de que ninguém o chamava pelo nome que havia colocado no arquivo (Link, nome do protagonista do jogo oficialmente), mas sim, de Ben (N/A: Pra quem não sabe, os personagens inseridos no jogo te chamam pelo nome que você usou no arquivo). Ele ignorou, achando que era um bug. Mas depois de chegar em uma certa parte do jogo, Matt decidiu deletar o arquivo com o nome BEN e seguir com o seu. Achando que, por ser um cartucho muito velho, um arquivo interferia no outro.
Curiosamente, quando voltou ao seu jogo, ninguém mais o chamava de Link ou de Ben, no lugar do nome, surgia um espaço em branco.
De qualquer forma, Matt continuou a jogar. Ele queria fazer o truque de adcionar um dia a mais no jogo (Informações sobre o jogo mais abaixo) e ter mais tempo de fazer tudo.
Ele foi até a área para conseguir efetuar o "glitch" com sucesso.

Mas o que aconteceu foi algo estranho, ele parou em uma área estranha do jogo, com personagens que não deveriam estar ali. E antes que pudesse resetar o jogo, ele foi transferido para a área central do jogo...E o que aconteceu foi isso:



Nota: Ele gravava tudo antes de dar continuidade ao jogo.
A estátua que aparece não deveria aparecer nessa parte do jogo, muito menos seguindo-o.
"That won't do any good" - Isso não vai fazer bem.
"You've met with a terrible fate, haven't you?" - Você encontrou um destino terrível, não?

Depois disso, Matt desligou o jogo e, assustado, tentou dormir.
No outro dia, ele voltou à casa do velho, afim de saber mais sobre essa história do garoto Ben. Mas, quando chegou lá, viu que a casa estava à venda. Ele foi falar com um dos vizinhos, e este lhe explicou que o velho já estava para se mudar e conseguira, e que este senhor jamais fora casado, e não tinha contato com seus parentes. Ou seja, Ben não era seu neto, ou filho, ou qualquer parente. Matt então decidiu perguntar sobre a criança, e recebeu a resposta que esperava: Há alguns anos trás, no mesmo dia do seu aniversário, o menino de nome Ben sofrera um acidente e morrera.

Sem mais respostas, Matt voltou para sua casa e decidiu jogar mais um pouco do jogo misterioso. Para sua surpresa, além do arquivo chamado YOURTURN, o arquivo de nome BEN estava de volta, e parecia mais avançado que o anterior que fora apagado.
Ele então, decidiu jogar o arquivo BEN:



Nota: As pessoas congeladas na grama não deveriam estar ali.
"Dawn of a new day" - Amanhecer de um novo dia.

Mais uma vez, ao jogar no outro dia, Matt percebeu que o arquivo YOURTURN havia se transformado em DROWNED (Afogado). Então, uma luz passou por sua mente. Ben...Afogado... O nome do arquivo não era só por causa de seu destino na última jogada, mas também se referia ao garoto. Ben havia morrido afogado. E, de certo modo, isso estava ligado ao jogo.
Matt está incomodado, não consegue dormir, tem sonhos estranhos, e se sente observado mesmo quando o jogo está desligado. Sem muito o que fazer, ele decide jogar o arquivo novo:



Nota: Decerto é IMPOSSÍVEL no Majora's Mask ir parar no Ocarina of Time (Outro jogo da saga The Legend of Zelda para N64).
Eu não sei direito, mas parece que aquele cenário com a árvore não existe.
"You shouldn't have done that" - Você não devia ter feito isso.
"BEN is getting lonely" - BEN está se sentindo sozinho.
"You will be given one last chance" - Você terá uma segunda chance.
"Back to where it all begun" - De volta aonde tudo começou.
"Come play with us" - Venha brincar conosco.

Ele voltou a jogar um tempo depois. Mas quem posta agora é o colega de quarto dele. Disse que Matt (ou Jadusable, como ele chama) voltou para sua casa, e que parecia abatido e abalado com alguma coisa que não contou ao amigo. Ele só lhe deu um pendrive com a conta dele no Youtube e o último vídeo que ele gravou:



Notas: "Keep this picture?" - Guardar esta foto?
"Why is he smiling? The father?" - Por que ele está sorrindo? O pai?
"A vessel that holds wandering spirits rests here" - Um guardião que cuida de espíritos que ainda vagam descansa aqui.
"It'll be our little secret, okay?" - Este será o nosso segredinho, okay?
"You can't run" - Você não pode correr.
"Please...Help me..." - Por favor...Me ajude...

Matt retorna. Um pouco melhor, e decidido a enfrentar BEN (que ele agora acredita ser uma entidade presa dentro do jogo, o espírito do menino, que quer ser livre.) e volta a jogar.Sem maiores informações, ele upa um novo vídeo pela última vez:



Nota: "The counter resets" - O contador zera.
"I'm glad you did that" - Estou feliz por você ter feito isso.

Depois disso, é dito que Matt queimou o cartucho. Parece que acabou, mas o próprio diz que aquilo provavelmente jamais teria um final, e que esse "BEN" continuaria a atormentá-lo dentro e fora do cartucho.

Videos Relatos :http://www.youtube.com/watch?v=X6D2XCJUJHY http://www.youtube.com/watch?v=iGOJmdxdjeA  http://www.youtube.com/watch?v=K48QdVhCBfQ http://www.youtube.com/watch?v=QE7YUEtpHoY http://www.youtube.com/watch?v=D4VH6Sr-Xxw

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Nyan Cat.

Nyan Cat

Então, você conhece o "Nyan Cat", certo? O gato que parece um waffle passeando pelo espaço com a música mais cativante de sempre? Sim, ele! Bem, há uma parte maligna por tras disso.

Quando Nyan Cat apareceu pela primeira vez, o site "Nyan.cat" foi criado, era a mesma idéia, só o gato passeando pelo espaço. As pessoas se viciam nisso, e, eventualmente, havia um cronômetro para ver quanto tempo você pode assisti-lo. Mas um garoto em particular alegou que ele poderia fazê-lo por mais tempo sem dormir. Seu nome era Jim Sheif. Então ele fez o registro de "Nyaning por 5 horas e 56 segundos." Muitos tentaram, mas apenas um ganhou dele.

Outro cara chamado Michael Willis tentou ganhar dele. Ele assistiu o gatinho por 8 horas seguidas. As pessoas viram isso também. Ele sentou-se ali, como um zumbi apenas olhando para o gato bonitinho. Mas no dia seguinte após o registro, ele disse: "Há algo de errado com aquele gato."



Assim, Jim tentou pegar seu recorde de volta. Ele bateu o recorde por muito tempo. Como ele fez isso? Ninguém sabe. Mas ele disse que poderia ter ido mais. Mas seu raciocínio não foi mantido o seu segredo. Seu amigo próximo finalmente conseguiu descobrir. Ele disse que Jim afirmou que em seus minutos finais, ele disse que o cronômetro parou em 666 minutos e 6,6 segundos. Foi inacreditável.



Seu amigo próximo, Matt, foi ver se era verdade e, no dia seguinte, Matt o visitou. Entao aconteceu o pior. O cronômetro parou, perfeitamente, 666 minutos e 6,6 segundos. Mas havia mais. O bonitinho Nyan Cat ficou horrível. Seu rosto ficou azul e seus olhos ficaram vermelhos e o espaço inteiro atrás dele ficou vermelho. Havia fotos de pessoas mutiladas dizendo "Eles tentaram Nyan Cat". Então a música ficou horrivel, com os sons de pessoas gritando de medo. Matt estava absolutamente chocado, ele tentou dormir, mas sem sucesso. Em seus sonhos tudo o que podia ver era o rosto do Nyan Cat do mal. Insultando-o, e quando ele acordou, a música não saía da sua cabeça. Então Matt terminou tudo com o suicídio por enforcamento. No dia seguinte, Michael e Jim foram encontrados no mesmo apartamento, mortos. Com arranhões em seus abdomens que diziam: "Ninguém é bem sucedido ..." Os arranhões parecem ter vindo de um pequeno gato.


http://www.nyan.cat/star.php

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Rei Leão O Game

“Existem diversas Creepypastas sobre videogames assombrados e coisas desse tipo por ai… Freqüentemente as lia, e sempre julgava tudo como histórias falsas e estúpidas, apesar de serem muito divertidas. Eu nunca esperava que algo semelhante acontecesse comigo. Parece que as piores coisas sempre tendem a acontecer com os mais desavisados, não é?
Bem, eu estava em um momento de decepção na minha vida. Eu havia ficado muito doente e fui forçado a abandonar a faculdade. Eu odiava ter meus sonhos colocados em espera, e estava sofrendo de um caso leve de depressão por causa disso. Mas ainda havia um conforto que só acontecera por estar de volta em minha casa, que me tranqüilizara um pouco. Mas ainda havia o tédio que eu tinha que lidar. Sem emprego, sem faculdade, e eu odeio dizer isso, mas, meus amigos, a maioria ainda na faculdade, fizeram com que cada dia se arrastasse lentamente. Os dias que passava vendo TV e filmes antigos na sala de estar me deram inspiração para encontrar uma maneira de aliviar meu tédio crescente. Minha biblioteca de VHS e DVD’s tinham diminuído para apenas meus filmes antigos desgastados da Disney, então decidi assistir a um dos meus filmes favoritos de todos os tempos: O Rei Leão. Os pequenos e coloridos filhotes de leão me fizeram lembrar de uma parte quase esquecida de meu passado: O velho jogo do Rei Leão para PC, The Lion King. Eu costumava jogar sempre quando criança. Minha mãe e eu passávamos horas tentando vencer aquele antigo jogo.
A cachoeira de memórias me levou para meu quarto antigo, onde o velho computador ainda se encontrava na mesa em um canto. Eu estava tão orgulhoso quando comprei aquele computador, que quando tinha 11 anos, economizei o suficiente de minha mesada para comprá-lo eu mesmo. Foi emocionante ver a tela de início e ouvir o som antigo de inicialização do Windows XP. O enorme e velho Compaq Presario ligou novamente, e então eu cliquei no botão Iniciar para procurar pelos meus jogos antigos. Infelizmente, a pasta do jogo estava vazia. Decepcionado, perguntei para minha mãe o que havia acontecido com todos os nossos jogos. Ela parecia um pouco triste, provavelmente vendo a insatisfação em meus olhos. Ela me disse que desde que eu havia comprado um novo notebook, mais ou menos um mês atrás, meu pai estava pensando em vender o computador antigo. Ele tinha removido todos os jogos e alguns documentos antigos. Ela então sugeriu que eu perguntasse ao meu pai se ele havia guardado algum deles.
Mais tarde naquela noite meu pai voltou de seu emprego na fábrica, cansado e desgastado. Ele capotou no sofá e fez o que sempre fazia para relaxar: pesquisar coisas em seu laptop. Então eu me aproximei e perguntei o que havia acontecido com minhas memórias da infância. Ele lamentou ao dizer que achava que eu não me preocuparia mais com tudo aquilo, e que havia excluído. Eu estava claramente triste com isso, e tinha ficado ainda mais ansioso para jogar meu jogo favorito de infância. Odiando ver sua filhinha (filhinha de 19 anos) chateada, ele disse que iria entrar na internet e tentar fazer o download do máximo de jogos que conseguisse encontrar, por meio de sites de freeware e etc.
Felizmente, meu pai conseguiu encontrar e baixar de o jogo The Lion King, por coincidência meu favorito. Primeiro de tudo, este jogo não é como os jogos mais modernos da Disney. Ele não é um centro de atividades infantis ou um jogo de história infantil. Era de história, sim, mas era um jogo de ação. A essência era que você começava jogando como o Simba Jovem, enquanto derrotava vilões e animais mais inocentes e fáceis, como camaleões, porcos-espinhos, sapos, aranhas, abutres e os vilões mais difíceis: hienas. Simba podia derrotar esses adversários simplesmente pulando em cima deles (exceto pelos porcos-espinhos. Você tinha que rosnar para fazê-los virar de ponta cabeça, e depois pular em cima deles). Já o Simba Adulto era estranhamente mais violento. Ele podia arranhar, cortar, avançar, e virar seus inimigos, alguns deles até mesmo mostrando pequenas quantidades de sangue pixelados que voam deles a cada batida. Nada sangrento, e você nunca via os ferimentos dos inimigos, mas quando eu tinha quatro anos, aquilo parecia ser uma grande carnificina.
Na manhã seguinte, eu estava contente em ter a casa toda só pra mim, para poder jogar aquele clássico novamente. Meu pai estava no trabalho e minha mãe havia viajado para Lexington, Kentucky para ajudar minha avó de quase 80 anos de idade. Era em momentos como este que eu agradecia por não ter irmãos. Peguei um pacote de de M&M’s e um pouco de chá doce, e voltei para meu quarto. Meu pai tinha transferido o jogo para o computador antigo na noite anterior, mas não tinha testado para ver se funcionava ou não. Rezei para que funcionasse, e cliquei no aplicativo. Para minha alegria, ele funcionou, e eu assisti a pequena introdução do game; uma imagem da Pedra do Rei com Rafiki erguendo o bebê Simba. Apertei Enter para iniciar o jogo. A tela escureceu, e Timão apareceu dizendo as velhas palavras que sempre diz no começo do jogo: “It starts”.
Consegui passar pelas fases coloridas do jogo com facilidade. Lembrava de todos os truques, bônus e itens secretos. Tudo correu bem, e eu estava me divertindo bastante, assim como costumava ser quando era criança. Depois de um bom tempo, cheguei no último nível: A batalha final entre Simba e Scar na Pedra do Rei. Cheguei até a metade da fase, lutando contra Scar duas das três vezes e matando hiena após hiena. Eu estava tendo um jogo quase perfeito, até que cometi um erro. Eu julguei mal um salto e errei a plataforma que estava tentando acertar, o que resultou em Simba caindo no meio da escuridão do abismo. Não era a primeira vez que eu havia morrido, mas por alguma razão, foi a partir daí que as coisas começaram a dar errado. Ao invés da tela simplesmente desvanecer para preto e me mandar de volta ao começo da fase, como normalmente faria, a tela começou a piscar em cores aleatórias, principalmente em vermelho, preto e roxo, e um barulho que não estava no jogo. Eu deveria saber, pois joguei-o centenas de vezes, e memorizei cada parte. O barulho era do filme. Era da famosa cena da Debandada de Gnus, onde Mufasa caia para sua morte, e onde Simba grita “NÃO!”. Então de repente, houve um som tão alto e irreconhecível que eu pulei de susto e desliguei minhas caixas de som.
Pensei que aquilo poderia ser somente uma versão modificada do jogo, que alguém pensara que iria tornar o jogo melhor adicionando clipes de som direto do filme, daí liguei novamente minhas caixas de som. Mas, então, ao invés de retornar à fase onde eu estava, o jogo reiniciou por completo. Isso me irritou bastante, já que eu havia chegado tão longe, e que em nenhuma das outras vezes que eu havia morrido acontecera isso. Mas então, a tela de início mudou. Ao invés da alegre tela de introdução que eu me lembrava da minha infância (ou de algumas horas atrás, nesse caso), aparecera uma tela escura, embaçada e estranhamente colorida; vermelho, preto e azul. Aquilo quase se parecia com uma foto noturna da tela original. Mas eu imaginei que era apenas uma pequena falha no jogo, e com isso, apertei Start de qualquer maneira. Ao invés do Timão dizendo suas palavras de sempre, havia um enorme texto, escrito em vermelho e piscando em frente ao fundo negro. Quando parei pra ler, reconheci a frase na mesma hora: “As fronteiras que separam a vida da morte são as melhores no sombrio e vago. Quem dirá onde o termina, e onde começa o outro?”. Era uma citação de meu autor favorito, Edgar Allan Poe. Eu estava um pouco feliz em ver uma de minhas frases favoritas no jogo, mas não tinha como não me sentir um pouco insegura também. Por que aquilo estava em um jogo da Disney? E eu tinha certeza absoluta de que aquilo não pertencia ali. Mas de qualquer maneira, continuei jogando.

A primeira fase estava toda errada. Primeiro de tudo, eu não tinha nenhuma vida, quando deveria ter oito. Segundo, o céu estava escuro. O primeiro nível era geralmente alegre e ensolarada. Mas o pior de tudo, era o Jovem Simba… Ele estava deitado em uma posição que não era normal, meio corcunda e cabisbaixo. Ele também parecia estar tremendo. Isto definitivamente não era normal! Eu tentei movê-lo com as teclas de seta, e ele foi lentamente estendendo as patas e se arrastando pelo chão, deixando um rastro vermelho atrás dele, como uma lesma deixando um rastro de gosma. A progressão foi lenta, mas o clima de outono nítido do lado de fora havia me deixado muito animada para o Dia das Bruxas, então decidi continuar jogando esta nova versão macabra de meu jogo favorito. Quando eu precisava para pular para uma plataforma superior, o filhote de leão saltava quase normalmente, exceto que a cada vez que ele encostava-se ao solo, ele fazia o mesmo som que normalmente faz quando é atingido por um inimigo, como se o salto estivesse machucando-o ainda mais. No final do nível, a hiena também estava um pouco diferente. Seus olhos brilhavam em vermelho, e parecia que ele havia sido arranhado varias vezes, pelas marcas em sua pele. Eu o derrotei com apenas dois saltos, e ele desabou no chão da maneira normal, para minha surpresa. Enquanto a tela mudava para preto, eu imaginava e me perguntava o que me aguardava nas próximas fases.
A segunda fase, “Can’t Wait To Be King”, também estava diferente. Tanto o céu como a água estavam com tonalidades bem fortes de vermelho, além de a fase no geral estar muito menos colorida do que o normal. Não havia musica desta vez, somente os choros desagradáveis de Simba sempre que pulava. Ele ainda estava da mesma maneira da primeira fase, encolhido e se arrastando lentamente pelo nível. Me arrastei um pouco, até chegar no rinoceronte. Pulei na cabeça dele, e o rinoceronte me impulsionou em direção as arvores, direto para os braços dos macacos. Esta é a parte onde Simba normalmente salta na cabeça das girafas, para chegar ao outro lado do rio. Mas havia um problema… As girafas haviam sido decapitadas. Havia somente um osso saindo de seu pescoço, tudo incrivelmente e detalhadamente repugnante. Eu pensei: “Caramba, quem modificou este jogo deve ter um lado mais macabro do que o meu!”. Mas eu me perguntava como o Jovem Simba conseguiria atravessar o rio vermelho sem a ajuda das girafas. Mas, para minha surpresa, eu consegui saltar de girafa em girafa, como se suas cabeças ainda estivessem lá. Só que pareciam estar mais escorregadias do que o normal, por alguma razão, e com isso, precisei pular cada vez mais rápido para não cair na água. Mais tarde, na parte onde você monta do avestruz, ele também havia sido decapitado, e suas pernas estavam muito mais magras do que o normal, e ele também corria de uma forma um pouco estranha, como se estivesse tropeçando a cada passo. O resto da fase era basicamente a mesma coisa, com o quebra-cabeça dos macacos e tudo mais. Simba foi se rastejando através de toda essa loucura, até finalmente terminar a fase. O barulho extremamente alto de antes voltou, e algo completamente inesperado apareceu na tela: O rosto de Mufasa. Tirando os olhos totalmente negros, ele parecia normal. Então, de repente, ele abriu a boca e disse com uma voz fria: “Scar é inocente, eu sou o culpado”.
O que isso queria dizer?! Será que este jogo macabro estava tentando me dizer que Mufasa havia se soltado do penhasco de propósito ou algo assim? Não sei por quê, mas eu estava perturbada com esse pensamento. “Não seja idiota”, pensei, “Não deixe que um jogo estúpido te deixe perturbada e chateada com leões de desenhos animados!”. Apesar do nervosismo que eu estava experimentando, continuei a jogar e fui para a fase do Cemitério de Elefantes. Nesta fase, Simba estava surpreendentemente normal novamente! Graças a Deus! Levantando-se da maneira como deveria. Hmmm… Talvez o hacker havia se cansado e decidiu deixar este nível sem modificações. Infelizmente, meus pensamentos estavam errados. O cemitério de elefantes estava estranhamente desprovido de vida. Nenhuma hiena veio me atacar, como deveriam. Eu só pensei nisso como uma maneira fácil de sair de lá, e comecei a correr. Enquanto corria, aquele mesmo barulho alto e irreconhecível saiu novamente saiu de minhas caixas de som, desta vez ainda mais alto, tanto que as caixas chegaram a tremer com a intensidade do “grito”. Isso me assustou muito, e então eu imediatamente abaixei o volume, mas não cheguei a desligá-lo, porque estava com medo de perder algo interessante De qualquer forma, reparei que tinha uma coisa nova para me preocupar: O chão estava desmoronando lentamente sob os pés de Simba. Eu tinha que continuar correndo através do cemitério desolado para não cair na escuridão desconhecida abaixo de mim. Quando cheguei na área onde normalmente lutava com o ultimo grupo de hienas, o jogo ficou em câmera lenta, e uma voz fria, a mesma voz de Mufasa que eu tinha ouvido antes, disse a seguinte frase: “A morte é cruel para os justos e os injustos.” Ele repetiu isso até eu chegar ao final da fase, onde Scar me observava de uma pedra mais alta.
Depois disso, sai de meu quarto e fui pegar uma garrafa de refrigerante para beber. As coisas estavam começando a ficar intensas de verdade, e eu estava em choque com toda a situação. Eu estava sozinha em casa, à noite, jogando uma versão macabra e doentia de meu jogo de infância favorito e não fazia idéia donde aquilo iria chegar. Mas por alguma razão, eu queria continuar, queria ver com meus próprios olhos o quão longe o hacker havia chegado com tudo aquilo. Pensei: “É apenas um jogo hackeado, certo? Não há nada demais nisso”. Então, juntando minhas energias, voltei para meu quarto. A tela ainda estava preta. Por um momento achei que o jogo tinha travado, mas para minha surpresa, quando sentei na cadeira, o jogo prosseguiu com a próxima fase! Foi como se o jogo tivesse parado por conta própria, como se soubesse que eu havia saído da sala. Talvez eu tivesse apertado a tecla Enter ao sair, sem perceber, mas não tinha certeza.  De qualquer maneira, decidi continuar de vez, e então fui para a quarta fase do jogo, “Stampede”, e me preparei para ver o que me aguardava.
Mas, para minha surpresa, tudo estava normal neste nível! O céu estava azul, e o desfiladeiro rochoso estava bronze luminoso, assim como eu me lembrava. Metade de mim ficou agradecida, e a outra metade, a metade mais obscura que eu escondia da maioria das pessoas, estava entediada. Foi só no final da fase que as coisas alteraram. Depois que Simba escapou dos gnus, a tela cortou abruptamente para preto e, em seguida, começou a passar uma cena do filme… Bem, mais ou menos. Foi a cena em que Mufasa escalava as pedras para poder salvar Simba da debandada. Mas, então, algo diferente aconteceu. Foi mostrada uma cena onde Simba observa seu pai, lutando para chegar até o topo da montanha rochosa. Essa cena não estava no filme, só que a animação, em termos de qualidade, era quase tão boa quanto a do filme real. Simba estava chorando, como se soubesse que seu pai não conseguiria. Ele então parou de repente, e virou o rosto em direção à tela. Seus olhos estavam vazios, sem emoção, enquanto olhavam para mim. Então ele se levantou, e caminhou para frente. O ângulo da câmera mudou para mostrar um ponto de vista acima dele, e daí conseguimos ver para onde ele estava caminhando: A borda da montanha. O penhasco. O que era isso?! Eu só consegui assistir com horror, enquanto ele caia do penhasco, direto para a debandada abaixo.
Em seguida, a tela cortou para o rosto de Mufasa, ainda agarrado na beirada do precipício. Ele viu tudo. Ele viu Simba cair para sua morte. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele olhou para seu irmão, Scar, sorrindo para ele. “O que você vai fazer, irmão?”, Scar perguntou ameaçadoramente. Seus olhos brilhando em um vermelho estranho e suas unhas pra fora, “O que você tem para viver?”
“Nada”, respondeu Mufasa, e em seguida, virou seu rosto para a tela: “Ninguém tem.” Então ele se soltou da beirada e caiu no precipício. Em seguida, a tela mostra Scar, rindo histericamente, seu rosto lentamente se transformando em um crânio hediondo em forma espectral, parecendo uma espécie de fantasma de leão, enquanto a tela desvanecera para preto em volta do crânio. Então, ele sussurra: “Isso conta pra você também”. Em seguida, ele riu e desapareceu.
Nesse momento, eu fiquei totalmente aterrorizada. Parecia que estava vivendo um pesadelo! Que mente doentia pensaria em algo daquele tipo?! Me virei por um momento para tomar um fôlego, e quando olhei de volta para a tela, notei que o “fantasma” havia sumido. Ao invés disso, o jogo havia avançado para a próxima fase, “Simba’s Exile”. Tudo parecia muito normal, até mesmo a musica do jogo original estava tocando. Mais uma vez, a curiosidade levou a melhor de mim, e eu tirei aquele clipe do filme de minha cabeça por um momento para conseguir focar no jogo. Então eu continuei. Eu fui estúpida, eu sei disso agora, mas era dificil eu ficar assustada facilmente com coisas desse tipo. Eu era do tipo que procurava por coisas assustadoras por prazer. Amava tudo isso. Então, eu continuei jogando o jogo com uma atitude cautelosa, mas ainda assim curiosa. Eu apenas esperava para algo estranho acontecer. Não esperava por isso como antes, mas era como assistir a um vídeo de pegadinha na internet, e esperar pelo susto no final. A fase era perfeitamente normal. “Quem modificou este jogo definitivamente tinha um senso de humor”, pensei cautelosamente, “colocando você em uma falsa sensação de segurança, e em seguida, assustando-o de uma forma totalmente inesperada.”
Eu sabia que estava chegando, mas eu ainda pulei de susto quando isso aconteceu. A fase terminou normalmente, com as hienas observando Simba fugir por entre os espinhos, e gritando: “Se você voltar, te matamos!”. Mas então finalmente aconteceu. Algo estranho. A fase “Hakuna Matata” começou, mas Simba não conseguia se mover. Era como se o jogo tivesse travado, exceto que ele ainda estava se mexendo… Não andando pelo paraíso, mas balançando a cabeça, cada vez mais rápido, como se estivesse tentando tirar os pensamentos ruins de sua cabeça. Então, de repente, ele olhou pra frente e desmaiou, sem explicação. Simplesmente caiu na grama, como ele normalmente faz quando você morre no jogo original. Em seguida, a imagem se distorceu e desvaneceu para preto, e abruptamente avançou diretamente para a próxima fase, ignorando completamente “Hakuna Matata”. Parecia apropriado que um jogo tão macabro como este pulasse a fase mais feliz e animada do jogo inteiro.
Então agora Simba havia virado um adulto. Este era o nível representando sua viagem à noite para ver Rafiki, e o fantasma de seu pai nas nuvens. Quando adulto, ele obtivera seus novos poderes de arranhar e cortar. Lembra que mencionei antes sobre a breve violência que normalmente tinha nas fases do Simba Adulto? Bem, isso era muito, muito pior. Quando Simba atacou e matou um leopardo, o leopardo fora literalmente rasgado em pedaços, e seu corpo fora deixado assim, jogado em pedaços empilhados uns em cima dos outros. Cada vez que ele matava algum animal, era sempre desta mesma maneira, impiedosamente violento. Eu deveria saber que algo assim iria acontecer. Então, depois de alguns encontros com Rafiki e ao chegar ao final da fase, onde Simba fica na beira do rio e Mufasa aparece no céu, Simba começou a tremer desesperadamente. Não aleatoriamente, mas em um padrão. O rosto de Mufasa aparece no céu, e em seguida ele se abaixa e abre sua boca, e Simba anda em direção a ela, eventualmente entrando e desaparecendo. Rafiki, em seguida, aparece do meio das folhas, olha para a tela e sussurra: “O Ciclo da Vida é uma mentira. Todos morrem, todos deixam de existir. Sua hora está próxima”. Isso arrepiou os pelos de minha nuca. Não sabia mais o que fazer, então só fiquei olhando para a tela, esperando aquele pesadelo terminar. Por alguma razão, o jogo pulou dois níveis inteiros, e eu fui direto pra ultima fase: “Pride Rock”. Já esperando para algo estranho acontecer, segui em frente, e ao invés de lutar com Scar pela primeira vez, ele apenas seguiu correndo por uma fase vazia; não havia hienas, nem fogo, nem Scar, nada. Foi assim durante toda a fase, até ele chegar ao topo da Pedra do Rei, na parte onde Simba e Scar supostamente teriam sua batalha final. Mesmo esperando por algo estranho, fiquei extremamente chocada ao ver o que me esperava no topo… Mufasa?! Ele nem tinha um modelo de personagem no jogo! Parecia com uma versão modificada do modelo de Simba, mas mesmo assim, que diabos eu estava assistindo?!
Pensei por um segundo se deveria lutar com ele. Afinal, ele era o pai de Simba. Mas enquanto pensava, Mufasa pulou pra cima de Simba e começou a mordê-lo e espancá-lo, violentamente, deixando o corpo de Simba completamente ferrado, arranhado e um pouco ensangüentado.  Movi Simba em direção ao seu pai, e ele mancava lentamente, parecido com o Simba nas primeiras fases. A batalha foi extremamente intensa; Mufasa e Simba arrebentando pedaço por pedaço um do outro. Após cerca de dez minutos de luta, eu perdi o controle dos dois. Nada do que eu fazia afetava a luta. Eles estavam lutando por conta própria agora. Depois de alguns segundos, Simba pulou em direção ao seu pai, fazendo com que os dois caíssem para fora do penhasco da Pedra do Rei, e direto para sua morte. Então a tela piscou várias vezes, o grito voltou mais uma vez, e a tela mudou para mostrar uma imagem dos corpos mutilados de Mufasa e Simba, deitados um em cima do outro sobre uma pilha de rochas, mortos. Em seguida, a tela mudou novamente, desta vez para mostrar novamente a caveira do Scar. Sua voz ameaçadora volta: “O mal vive nas profundezas de todas as almas boas. Você não pode escapar dele. Você não pode lutar contra ele. Desista, antes que ele acabe de vez com você”. De repente, sem explicação, a tela e o computador desligam. Por mais que eu tentasse, não conseguia ligar o computador novamente, e até hoje, ele simplesmente não funciona. Depois desses acontecimentos, toda noite, eu vejo essas imagens. Eu ouço essas palavras. “Desista, antes que ele acabe de vez com você”.
Às vezes, no meio da noite, eu olho para o computador e vejo aquela caveira na tela. Sinto como se houvesse algo em minha casa. Ele está aqui. Minha mãe e meu pai não conseguem senti-lo. Suas inocências não foram tiradas deles da maneira que a minha fora. É por isso que estou escrevendo este texto. Meus sonhos viraram pesadelos. Minhas memórias doces se transformaram em traumatizantes. Não tenho mais nada para mim, então acho que seguirei o conselho de Scar. Estas são minhas últimas palavras, e me sinto obrigado a perguntar: “O que você vai fazer? O que você tem para viver?”. “